(Traduzido do artigo original do jornalista conservador americano Dennis Prager, publicado em 13/dezembro/2016: http://www.dennisprager.com/on-men-viewing-women-as-sex-objects/)
Tradução: André Carezia
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Minha última coluna levou o título de “Donald Trump é Misógino?” Depois que li as reações por toda a Internet, percebi a importância de elaborar melhor o assunto de como os homens vêem as mulheres.
A educação superior torna aqueles que freqüentam a universidade mais estúpidos, mais ingênuos, e muitas vezes até mais ignorantes a respeito da vida do que aqueles que nunca estiveram na faculdade. Uma das provas disso é a crença amplamente presente entre os mais educados de que quando os homens consideram as mulheres como objetos sexuais, isso significa que eles são misóginos, que odeiam as mulheres.
Eis então, para aqueles que têm um diploma em qualquer uma das “ciências sociais”, uma lista de oito verdades sobre os machos e a “objetificação” sexual:
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Para homens heterossexuais, é completamente normal ver como objetos sexuais as mulheres pelas quais se sentem sexualmente atraídos.
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Uma das provas de que tal “objetificação” sexual é normal, e nada tem a ver com a misoginia, é o fato de que os homens homossexuais vêem como objetos sexuais os homens pelos quais estão sexualmente atraídos. Se os homens heterossexuais são misóginos, então os homens homossexuais odeiam os homens.
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Uma razão para isso é o poder quase ímpar que o visual tem de excitar sexualmente os homens. Os homens se excitam com o mero vislumbre do braço de uma mulher, do tornozelo dela, da panturrilha dela, da coxa e da barriga dela, mesmo sem olhar para o rosto dela. Essas pernas, panturrilhas, braços, etc, são objetos sexuais. É por isso que aparecem em inúmeros sites na Internet.
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Todo homem heterossexual normal, mesmo enxergando uma mulher como um objeto sexual, pode também respeitar completamente a mente dela, o caráter dela, e todo o resto que não é sexual nela. Os homens fazem isso o tempo todo.
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A maior parte das mulheres heterossexuais também vêem as mulheres sensuais como objetos sexuais, e elas dificilmente são misóginas. Pergunte à sua esposa ou namorada o que a excita mais: observar um homem se despir diante de uma platéia feminina, ou uma mulher se despir diante de uma platéia masculina.
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Um casal sortudo é aquele em que o homem consegue considerar sua parceira como objeto sexual. Quanto mais tempo um marido consegue tratar sua esposa, ao menos de vez em quando, como um objeto sexual, melhor é o casamento deles. Nem sempre é fácil ver como objeto sexual a mulher que você vê todo dia, a mãe de seus filhos.
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Todo o propósito da lingerie e de outros trajes sexuais é tornar a mulher um objeto sexual aos olhos de seu parceiro. Será que todas as mulheres que vestem lingerie, biquínis, uniformes de torcida, ou o que quer que seja que excita seus parceiros — e elas também, de preferência — odeiam as mulheres?
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Se o seu marido nega as afirmações acima, ele está mentindo. Ele tem medo de que você reaja irritada, ou que isso magoe seus sentimentos. Pode ser também que ele minta para si mesmo — afinal, ele também freqüentou a universidade e lê opiniões esquerdistas sobre a misoginia; e quer se um macho “iluminado”.
Que estes oito pontos tenham que ser escritos é um sinal dos tempos. A pergunta é: por que qualquer um desses pontos — conhecidos por quase todos os homens e mulheres que viveram antes dos anos 1960 — é controverso para tantas pessoas bem-educadas hoje em dia?
Resposta: o esquerdismo e sua ramificação, o feminismo.
O esquerdismo é em primeiro lugar uma negação da realidade.
Os esquerdistas negam a realidade por dois motivos.
Um é que o esquerdismo é uma religião (secular), e por isso tem dogmas que se sobrepõem à verdade.
O outro motivo é que a realidade é repleta de decepção e dor, e evitar a dor é o ímpeto psicológico central do esquerdismo. Isso explica os “quartos do pânico” infantilizantes que ficam nas instituições que a esquerda mais controla: as universidades. Esses quartos existem para proteger os ouvidos dos alunos contra idéias das quais discordam (lembre-se do primeiro motivo) e contra idéias que lhes causam dor.
Cite uma posição da esquerda, e em quase todos os casos você verá como exemplifica um desses motivos, ou ambos.
A realidade é que a natureza humana não é basicamente boa. Mas desde o iluminismo francês a esquerda vem afirmando que as pessoas são basicamente boas. Por isso os esquerdistas culpam a “pobreza” e o “racismo” pelos crimes violentos, mas não culpam o criminoso violento.
A realidade é que quanto mais elevado o salário mínimo, menos funcionários serão contratados. Mas devido ao dogma, a esquerda nega isso. (Em 1987, quando a seção de editorial do New York Times não era esquerda pura como é hoje, houve um editorial intitulado “O Salário Mínimo Correto: $0.00”.)
A realidade é que a palavra Islã significa “submissão”, mas esse significado conflita com a fantasia esquerdista de que todas as culturas são moralmente iguais. Assim, quase todos os professores e publicações esquerdistas afirmam que Islã significa “paz”. (Na medida em que se conecta com a palavra árabe para “paz” — “salaam” — é a paz que sobrevém depois de toda a humanidade se submeter ao Islã). A magnitude da negação da realidade esquerdista em relação ao mundo islâmico é aproximadamente igual ao volume de afirmativas que os esquerdistas fazem a respeito dele. (Assim foi que o governo Obama chamou de “violência no local de trabalho” o massacre de 13 pessoas em Fort Hood por um radical islâmico.)
Também é realidade, e não uma expressão de misoginia, que os homens vejam como objetos sexuais os objetos de seu desejo sexual. Mas isso é muito doloroso para as feministas e para outros esquerdistas. E viola a teoria feminista, que diz que os homens e as mulheres são essencialmente iguais, e que enxergar como objeto sexual uma mulher é misoginia.
Como conseqüência, a realidade é rejeitada.
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